sexta-feira, 15 de agosto de 2014

DESABAFO

  Quem dera todos tivessem o senso de justiça do macaco César de O Planeta dos Macacos.
  Justiça como realmente deve ser: plena, imparcial (embora tenhamos o nosso lado), sabendo enxergar o lado podre e o bom de todos os envolvidos, do contexto e dos detalhes. Arriscando a própria pele se preciso for e não fugindo covardemente quando se deve assumir erros. Amor pela família, no que diz respeito aos seus semelhantes, seja por espécie e/ou por convivência e não somente aos que estão pelo sangue conectados.

(invasaonerd.com)

  Percebo agora que meus ídolos atuais ou pessoas que admiro são fictícias ou não existem mais nesse plano por tudo que representariam para a humanidade se dirigir ao caminho da humanidade, no melhor sentido da palavra.
  Sinto vergonha, medo, nojo e a falsidade tomando conta de tudo. Pessoas, instituições, grandes corporações fazendo suas próprias regras e esperando que os sentimentos, as emoções tornem-se lúcidas e simplesmente obedeçam. Dando valor, julgando qual importância cada pequeno ser tem para os que ambientados estão temporariamente ali e que reclamam não fazerem jus, não vestindo "a tal camisa". Pergunto eu: reles mortais que se dedicam, se integram, interagem, buscam soluções, vão além de suas "competências", mas não são reconhecidos sequer com um tapinha nas costas, devem mesmo "vestir a camisa"?
  Cada vez mais esse mundo me enoja... Sangue, suor e merrecas. Sangue, suor e merrecas. Sangue, suor e merrecas.
  Tenho uma novidade para contar: quem dera eu fosse rica, mas olha só, eu não sou e, mesmo assim, era feliz, porque QUEM eu precisava estava ao meu lado e quem continua aqui não tem me deixado sucumbir.
  Contudo, eu cansei! Se pudesse reprogramar a minha existência atual sequer estaria nesse planetinha de merda, mas já que "escolhi" vir, não amaria, não sentiria, não seria enganada, pois não confiaria... Não me formaria, não trabalharia gratuitamente (sim, para isso eu sirvo), não consideraria a quem já considerei e que, na primeira oportunidade, simplesmente esqueceu que um dia já representei alguma coisa. Em conversas reveladoras, em desabafos, em abraços, nos sonhos ainda não realizados (família, negócios...)
  Mais nada a dizer! E, por ter somente o NADA a minha frente, talvez essa seja minha última postagem nesse blog.
  Quando comecei a escrevê-lo foi com o intuito de compartilhar ideologias, trabalhos, conhecimentos, defender causas em que acredito. Nada mais parece fazer sentido agora!
  Ah! A tola ideia de mudar o mundo... 
Acreditem! Quem mais lamenta tudo isso sou eu! (Se é que há alguém que lamente!)


Kathyane Brum
15 de agosto de 2014 

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