sexta-feira, 29 de março de 2013

Artigo: Páscoa – Data de Seu Renascimento

É chegada à época em que mais costumo refletir, analisar a vida como um todo e meu gradativo crescimento espiritual. Antigamente, apenas período de se fartar com deliciosos ovos feitos de chocolate.

Cada dia mais me entendendo enquanto pessoa, percebo um mundo repleto de artimanhas: Histórias, situações, momentos, entidades, enfim, absolutamente tudo parece ter segundas, terceiras, infinitas intenções por trás daquilo que é apresentado a massa, sobretudo as religiões.

Há muito se perdeu o verdadeiro sentido de celebrar datas como páscoa e natal, se é que em algum momento comemorou-se pelos motivos corretos. A igreja limita e solta as amarras de seu rebanho conforme seus desejos, necessidades e tradições políticas envoltas por um misto de crenças pagãs, que serviram para fundar o cristianismo. A figura da deusa Ísis como símbolo de maternidade, tornou-se apropriação oculta da igreja católica, assim como a virgem que deu a luz ao messias e os rituais públicos de adoração a imagens de deuses, adornados com flores em curtos trajetos de melodias que exaltavam a natureza, tornaram-se as procissões que comumente conhecemos hoje.

Para crer em algo não é preciso ter fé cega. Deus quer que conheçamos a verdade, pois já dizia ele que esta nos libertará. Por verdade entende-se o conhecimento histórico, científico, matemático, filosófico, religioso... das coisas. Pois somente assim seremos capazes de discernir, confiar e opinar. Não é pecado contestar entidade religiosa alguma. Deus não criou “religiões”, o homem sim.

Vejo certos alienados fanáticos religiosos destacarem textos em nome de Jesus Cristo nas redes sociais, enaltecerem a palavra do senhor diante de pessoas as quais julgam segundo suas convenções, que mais parecem blasfêmia já que não praticam o que pregam. Afinal: aos olhos do senhor quem “vale” mais? Um ateu que se solidariza com o próximo e pratica boas ações, é ético e justo com as pessoas ou um católico fervoroso que não é capaz de fazer nada disso?

Diga-se de passagem que estou tratando do catolicismo porque a páscoa é uma celebração católica, abraçada por algumas outras religiões, porém interpretadas de forma distinta desta, já que para o espiritismo trata-se da revelação da vida espiritual e da reencarnação, por exemplo.

Pois bem! Seja o que for é irônico e revoltante acreditar que é pecado comer carne vermelha somente durante a semana santa. Simbolismos a parte, somos todos criaturas de Deus e comer carne vermelha, amarela, roxa, branca... de que cor for, deve ser considerado algo pecaminoso todos os dias do ano, pois somos seres evoluídos o bastante para não mais fazê-lo e, poupar a vida de alguns animaizinhos certamente agradaria mais ao criador do mundo do que a destruição gradativa deste. Deixar de comer carne vermelha durante uma semana não vai fazer diferença alguma na alma, mas diariamente sim, pois é de um penoso e lento caminhar que é constituída a evolução.

Portanto, quem quer que seja contrário a minha opinião, sugiro que ao invés de me criticar, troque a missa, as vigílias e as procissões por um ato humanitário: doe sangue, auxilie um animal abandonado, visite um lar de idosos, preste conforto a pacientes terminais, adote uma criança... Se doe! Não faça palavras espelhadas de infâmia e calúnia ressoarem nos ouvidos de quem não concorda com “você”!

 

Kathyane Brum

28 de março de 2013

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