sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

SOBRE A ÁGUA MAIS PURA, ABATEU-SE A ESCURIDÃO

Esperança e fé,
Por si só são desculpas de quem paralisa;
De quem se vê encurralado, sem saída
Na vida.


Até onde eu sei,
Não há relatos de que algo se transformou
Só por esperança e fé
Sem atitudes, sem o que realmente nos mantém de pé.


A evolução (ainda que equivocada) se deu graças a curiosidade,
Que instigou sacrifícios, descobertas e,
Por fim,
A vaidade.


Há quem diga que milagres foram operados
Por um certo profeta chamado Jesus Cristo.
Ele veio nos mostrar do que seríamos todos capazes,
Se não fôssemos tão cegos e iludidos.


A cegueira, no entanto, nos fez acreditar que somos o centro do universo
Estamos tão longe disso, não há nada mais certo!
A semelhança a que Cristo mencionou entre Deus e os homens,
Não foi física, mas sim espiritual! 


E dando forma a Ele, as religiões distanciaram Pai e filhos, o inferiorizando como tal.
Cristo veio nos ensinar que o caminho para chegar ao Pai é ser manso e prudente como Ele.
Buscar a verdade no coração, sendo justo, tolerante, caridoso, solidário.
Sendo altruísta, humilde, bondoso e amoroso.
Não um Deus parecido com os homens, mas sim o contrário.


Cada religião, no entanto, interpreta as palavras de Cristo como abutres sobre a carne fétida.
Lançam mão de artifícios para ludibriarem a quem quer que seja e se envaidecem com isso.
Inspiram competitividade, violência, arrogância.
Mas pregam falsa solidariedade, ventura e bonança.


Através de parábolas, Cristo fez do nosso Deus,
Mais límpido e claro que a água mais pura.
Veio o homem e conseguiu transformá-la em inquisição, sacrifícios
Terrorismo, lamentações e tortura.


Kathyane Brum
26 de dezembro de 2014 



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